Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a redução no preço dos combustíveis resultou em uma deflação de 0,36% no país no mês de agosto, esta foi a menor variação desde 1998, que foi -0,51%.


Em razão da segunda deflação consecutiva, o Índice Nacional de Preços ao consumidor, acumula alta de 8,73% no acumulado dos últimos 12 meses, patamar abaixo dos dois dígitos pela primeira vez desde setembro do ano passado. No ano, o índice tem alta de 4,39%.


Essa reduções fazem o índice oficial de preços se aproximar do teto da meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%). Para os analistas do mercado financeiro, a convergência não será possível e o IPCA fechará 2022 em 6,6%.


A deflação do mês é novamente justificada pela redução das alíquotas do ICMS sobre gasolina e energia elétrica nos estados e pelo corte do PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim de 2022. O alívio deve ser sentido pelas famílias até o fim deste ano.


O gerente responsável pela pesquisa, Pedro Kislanov  falou sobre os dados, e ressaltou que a retratação menos intensa da energia elétrica em  -1,27% ajuda a explicar a comparação com o resultado do mês de julho (-0,68%), quando a variação de preços foi a menor desde o início da série histórica da pesquisa, em janeiro de 1980.


"Houve aceleração de alguns grupos, como saúde e cuidados pessoais (1,31%) e vestuário (1,69%), e a queda menos intensa do grupo de transportes em agosto. No mês anterior, os preços da gasolina, que é o item de maior peso no grupo, tinham caído 15,48% e, em agosto, a retração foi menor (-11,64%)”, afirma Kislanov.


Diversos segmentos tiveram essa mudança em porcentagens, como os transportes, -3,37%, o preço das passagens aéreas em -12,07%, habitação (+0,1%), os preços da energia elétrica residencial (-1,27%), vestuário -1,69%, dentre outros segmentos que tiveram deflação.


A alimentação dentro e fora de casa também tiveram seus números alterados. Alimentação dentro de casa por exemplo, ficou em +0,01%, com a queda no preço de alguns alimentos, já a alimentação fora do domicílio ficou em 0,89%.


Por: Alessandra Oliveira | Comunicadora @rbapragominas

Fonte: R7