A síndrome de Haff, ou doença da urina preta, foi descrita em 1924 na Europa.


Trata-se de um conjunto de sintomas que podem aparecer em até 24hs após o consumo de alguns tipos de peixe como o tambaqui, badejo, arabaiana ou frutos do mar como a lagosta, lagostim e o camarão. Esta toxina ainda não foi identificada. Acredita-se que esses animais possam ter se alimentado de algas com certos tipos de toxinas que, consumidas pelo ser humano, provocam os sintomas. A toxina, sem cheiro e sem sabor, surge quando o peixe não é guardado e acondicionado de maneira adequada.


Mesmo o peixe cozido pode transmitir a doença pois o calor não consegue eliminar esta toxina.


A disseminação da doença provocou a emissão de alertas sanitários municipais de saúde de Breves e Melgaço, municípios da Ilha do Marajó, no Pará.


Nesta terça-feira, 30, Breves reportou três casos suspeitos da doença na cidade, onde os pacientes alegaram sintomas como enjoos, dor generalizada, dor de cabeça, vômitos, dor generalizada e urina escurecida. Dois casos seriam de pessoas da mesma família e todos os quadros teriam começado após o consumo de peixes da espécie pacu, adquiridos na feira do município. Ainda de acordo com o alerta da Semsa, os pacientes estão recebendo acompanhamento clínico.




A Secretaria de Saúde de Breves orienta os moradores da cidade a evitar o consumo de peixes das espécies pacu, pirapitinga, arabaiana e tambaqui por conta do risco de desenvolver a síndrome.




Já em Melgaço, medidas mais drásticas foram tomadas, pois a Prefeitura e a Semsa do município proibiram a comercialização das quatro espécies de peixe citadas, além de outras, como o badejo, e crustáceos como camarão, lagosta e lagostim. Não foi divulgado um prazo para que a venda dos pescados possa voltar a ser permitida.


Por: Alessandra Oliveira | Comunicadora @rbapragominas

Fonte: DOL