O indicador, prévia da inflação oficial, foi divulgado na terça-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e apontou o mamão o item que apresentou maior aumento de preço no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de julho, com alta de 22,48%, e também entre os maiores aumentos estão o leite longa vida (22,27%) e o pepino (15,31%). 


De acordo com o IBGE, o maior impacto individual no IPCA-15 de julho veio do leite longa vida.


O item acumula alta de 57,42% no ano e 51,69% em 12 meses. Além do leite longa vida, o item “Leite e derivados” também apresentou alta, de 11,43%, assim como os derivados requeijão (4,74%), manteiga (4,25%) e queijo (3,22%).


Segundo o Boletim do Leite, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Esalq/USP) as altas são explicadas pela menor oferta. O período da entressafra acontece entre o outono e o inverno e os produtores ainda enfrentam os impactos causados pelo La Niña na alimentação dos animais.




O La Niña, que ocorreu no fim do ano passado, é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico em pelo menos 0,5ºC, o que causa impacto no regime de chuvas do Brasil.


Ainda segundo o levantamento, o IPCA-15 teve ligeira alta de 0,13% em julho, abaixo do 0,69% de junho. Foi a menor variação desde junho de 2020, quando houve alta de apenas 0,02%.


A desaceleração reforça a expectativa, demonstrada nas projeções de economistas, de IPCA negativo no balanço completo do mês. Só que o alívio na prévia de julho ficou concentrado nos combustíveis e na conta de luz. Os alimentos voltaram a ficar mais caro, com destaque para o leite e seus derivados.


Abaixo estão os itens que tiveram maior aumento no IPCA-15 de julho.
1. Mamão: 22,48%
2. Leite longa vida: 22,27%
3. Pepino: 15,31%
4. Leite e derivados: 11,43%
5. Melancia: 10,71%
6. Maracujá: 9,91%
7. Banana d’água: 9,84%
8. Pera: 8,21%
9. Coentro: 8,20%
10. Carvão Vegetal: 8,18%


Por: Alessandra Oliveira | Comunicadora @rbapragominas

Fonte: Estadão