O mês de julho começou bem aquecido na capital, quando se trata de preços altos, e cá estamos noticiando mais aumentos. Com a chegada do verão amazônico pelo que se vê nas feiras dos tradicionais bairros de Belém, os preços das frutas também aumentaram neste mês, segundo os feirantes de três bairros da capital.


De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos no Pará, o maior desafio é segurar os preços e não repassar para os clientes no mês das férias escolares, que registrou 8% a mais se comparado ao mês passado.


Segundo os feirantes, em anos anteriores, a estação mais quente do ano era o melhor momento para adquirir frutas das mais variadas e com preços mais em conta. Uma das principais justificativas é a safra da maioria dos produtos, o que resulta em quedas nos valores neste período.


Ainda segundo o levantamento do Dieese/Pa, a grande maioria das frutas pesquisadas apresentou aumentos de preços, e em vários casos com percentuais acima da inflação calculada em 11,92% para o mesmo período, com base no Índice de preços no consumidor.





As maiores altas registradas foram de junho de 2021 até o mesmo mês deste ano e são as frutas: melão amarelo (93,86%); melancia (58,41%); laranja (47,44%); limão (35,05%); abacate (61%); tangerina (27,71%); mamão (25,59%); goiaba (21,37%); acerola (18,43%); banana (16,74%); e maracujá (15,51).


Das 12 frutas pesquisadas, a maior diferença de preços foi identificada nas feiras do Marco e da Pedreira. O quilo do abacate, por exemplo, sai a R$ 9 na primeira, enquanto na segunda custa R$ 15, diferença de 66%. O maracujá estava custando R$ 10 e R$ 15, respectivamente.


“Tentamos fazer o máximo que podemos para segurar os preços e garantir nossa cartela de clientes. Esse mês está fraco devido às férias, mas ainda assim, nos finais de semana, graças a Deus a feira fica lotada de clientes e estamos dispostos a negociar, claro”, disse a feirante Maria do Carmo Queiroz Pereira.


A feirante Gabriele Alves Barroso, oferece todos os tipos de frutas. “Mesmo com um mês fraco, sempre tentamos vender o melhor. Se quiser uma banana, temos! Achou que o preço pode melhorar? Melhoramos! E assim vamos seguindo a vida, pois precisamos vender para sobreviver”, concluiu.


Por: Alessandra Oliveira | Comunicadora @rbapragominas

Fonte: DOL