O dia 28 de junho é considerado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.


Essa data é o marco-zero da luta pelos direitos LGBTI+ nos EUA e no mundo. Foi no ano de 1969, nos EUA, que uma das mais importantes rebeliões civis da história aconteceu.


Ela ficou conhecida como a Rebelião de Stonewall, onde gays, lésbicas, travestis e drag queens enfrentaram a força policial em um episódio que serviu de base para o Movimento LGBTI+ em todo o mundo.


A data tem como principal objetivo, conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia e a transfobia para a construção de uma sociedade livre de preconceitos, independente da orientação sexual e identidade de gênero.


No mês de maio uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontou a primeira contagem populacional de homossexuais e bissexuais na Pesquisa Nacional de Saúde.


De acordo com a pesquisa divulgada foi contabilizado 2,9 milhões de homossexuais e bissexuais no Brasil.


“A gente não está afirmando que existem 2,9 milhões de homossexuais ou bissexuais no Brasil. A gente está afirmando que 2,9 milhões de homossexuais e bissexuais se sentiram confortáveis para se autoidentificar ao IBGE como tal”, disse a analista Nayara Gomes, em entrevista coletiva.
Segundo o instituto, o estigma e o preconceito por parte da sociedade são fatores que podem fazer com que as pessoas não se sintam seguras em declarar a própria orientação sexual. O IBGE também apontou que a falta de familiaridade da população com os termos usados na pesquisa pode ter contribuído para a subnotificação.


Um ponto crucial é a relação de confiança da pesquisa com a população LGBTI+, para que ela acredite na finalidade do estudo e no aproveitamento dos dados para então estabelecer uma melhor vida.


"Mesmo entre as pessoas que se reconhecem LGBTI+, passa por uma relação de confiança falar sobre isso, então, um tipo de pesquisa como essa precisa ser muito bem preparada.


Esse Estado que chega à casa das pessoas e pergunta quem elas são precisa fazer isso de forma que essa pessoa confie e entenda para que está dando a informação.


Passa também, acrescenta o pesquisador, por uma relação de confiança que não é só entre entrevistador e entrevistado, mas também em relação ao país em que se vive.


Se o LGBTI+ não consegue entender que esse país tem vontade política de produzir políticas públicas sobre nós, será muito complicado", afirmou o Professor do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e representante do Conselho Regional de Psicologia no Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT, Pedro Paulo Bicalho.


O fato é que, até os dias de hoje, muitas foram as lutas do movimento, com vitórias importantes e batalhas ainda por se vencer.


Por: Alessandra Oliveira | Comunicadora @rbapragominas

Fonte: Agência Brasil de Notícias